MASTURBAÇÃO É PECADO?
“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos deiniqüidade;
mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre os mortos, e os vossos
membros a Deus, como instrumentos de justiça.” Romanos, 6:12-13.
Por que é tão difícil parar? A Mishná (Ética dos Pais 4:2) nos diz que “Um pecado chama outro pecado”. Isso quer dizer que cometer um pecado dá a nossos impulsos mais energia para mais pecados, tornando mais difícil para nós disciplinar-nos na próxima vez em que a tentação vier. A cada vez que você ceder à tentação, fortalece os poderes espirituais dentro de você, chamados em hebraico de “yêtser hará”, ou má inclinação, que deseja que você cometa mais e mais pecados. Mas a cada vez que você ativa seus Super Poderes, enfraquece o yêtser hará e fortalece ser “yêtzer tov”, que é exatamente o oposto. É uma batalha contínua entre os dois e a pessoa que se encontra no meio deles, por assim dizer, decidindo quem será mais forte hoje e quem será mais forte amanhã, simplesmente usando nossos poderes intrínsecos.
Masturbação é imoralidade sexual, certo?
Resposta:
Para começo de conversa, deixe-me falar-lhe dos Super Poderes Humanos.
- Super Poder nº 1: Sua mente. Ela é mais forte que suas emoções. Sua mente, por natureza, tem a capacidade de frear, desviar, domar e dirigir seu coração. Você tem a força – a força de seu intelecto – à sua disposição. Tudo que precisa fazer é aprender como usá-la.
- Super Poder nº 2: Sua vontade. VOCÊ manda em você – não seus hormônios ou seu subconsciente. Usando a vontade, pode afastar-se de ambientes tentadores – tudo que possa desencadear seus desejos hormonais para se masturbar: uma foto, um pensamento, uma lembrança, um filme. Identifique aquela zona de perigo. Agora, ative a Força de Vontade.
Como pode conseguir isso? Ignorando
aquelas fotos, pensamentos, lembranças ou filmes, toda vez que cruzarem
sua mente ou seu caminho. Sempre que se flagrar pensando ou olhando de
forma inadequada, a Força de Vontade lhe dará a capacidade de ignorar
tudo isso.
Então, qual é mais poderoso: A Força de Vontade, ou o Sr. Hormônio?
E as recompensas são enormes. Não
apenas as recompensas espirituais que esperam por você aqui e no céu,
mas simplesmente a satisfação que vem com o reconhecimento de que você é
de fato poderoso, de que pode vencer. É similar a uma pessoa obesa
perder 50 quilos, mas ainda melhor.
É um pecado? Certamente, e os efeitos
colaterais para o espírito são difíceis de reparar. Na Torá em Bereshit
38:9-10(Gênesis 38:9-10), Er e Onan, os filhos de Yehudá, foram punidos
com morte antecipada por se masturbarem. A Cabalá é bastante explícita
sobre o prejuízo e o pecado da masturbação. A idéia é a seguinte: sua
semente é o material com o qual você procria; é o material genético em
você que lhe proporciona a oportunidade de ser parceiro de D’us.
Quando o usamos construtivamente,
canalizamos as centelhas Divinas e a energia dentro dele de forma
correta. Quando o jogamos fora, porém, desperdiçamos o sagrado e Divino
potencial. Isso dá ensejo ao que a Cabalá chama de “Chitsonim,” forças
negativas livremente traduzidas como “externas”, para roubar a energia e
convertê-la em propósitos negativos, tais como alimentar nossa ânsia de
pecado.
Por que é tão difícil parar? A Mishná (Ética dos Pais 4:2) nos diz que “Um pecado chama outro pecado”. Isso quer dizer que cometer um pecado dá a nossos impulsos mais energia para mais pecados, tornando mais difícil para nós disciplinar-nos na próxima vez em que a tentação vier. A cada vez que você ceder à tentação, fortalece os poderes espirituais dentro de você, chamados em hebraico de “yêtser hará”, ou má inclinação, que deseja que você cometa mais e mais pecados. Mas a cada vez que você ativa seus Super Poderes, enfraquece o yêtser hará e fortalece ser “yêtzer tov”, que é exatamente o oposto. É uma batalha contínua entre os dois e a pessoa que se encontra no meio deles, por assim dizer, decidindo quem será mais forte hoje e quem será mais forte amanhã, simplesmente usando nossos poderes intrínsecos.
Olhando de uma perspectiva diferente:
muitas pessoas cometem o engano de presumir que o judaísmo apenas
defende o sexo com o objetivo da procriação, o que é totalmente falso.
Embora o judaísmo obviamente reconheça o sexo como um ato reprodutivo,
esta é apenas uma das facetas.
O judaísmo vê o sexo como a suprema
forma de proximidade, unidade e intimidade humanas, e tão precioso e
passível de abuso, que não deveria ser compartilhado com um estranho.
Assim como você apenas divide seus segredos mais íntimos com alguém de
confiança e que lhe seja completamente fiel e vice-versa, assim deveria
ser com o sexo, mais infinitamente mais.
É por esta razão que o judaísmo
desencoraja a masturbação. Não é justa, devido ao desperdício da
semente; a razão é que a masturbação é uma forma de gratificação sexual
sem um parceiro, e não aproxima a pessoa de outra, e neste sentido, é um
abuso do sexo. É uma forma de auto-gratificação em que a pessoa age sem
um parceiro. Enquanto o sexo é a suprema atividade humana que cria uma
cálida interdependência entre, não apenas seres humanos, mas com o sexo
oposto – a masturbação nega esta premissa básica.
Alguém poderia argumentar que a
masturbação é completamente inocente e não é prejudicial, e serve como
um sedativo relaxante. Estes argumentos baseiam-se na idéia que, como a
masturbação é uma prática solitária, deveria ser um assunto particular,
que opiniões publicadas sobre moralidade nada têm a ver com isso.
Entretanto, não é verdade que a masturbação seja solitária, pois não há
algo como a masturbação sem pensar em alguma coisa, ou alguém, que seja
erótico e fora de nós. A pessoa deve concentrar-se em algo externo, e o
objeto imaginado está sofrendo abuso.
Fonte: Chabad Org