As recentes escavações ainda em curso nos oito níveis da antiga cidade bíblica de Beth-Shan comprovam inequivocamente a existência do povo filisteu, mais uma vez confirmando-se os relatos bíblicos de há cerca de 3 mil anos atrás.
Uma das descobertas é um novo piso na "casa de Astarote" (1 Samuel 31:10) que se crê ter sido parte do trabalho de reconstrução realizado pelo rei David, quando ele estabeleceu um novo santuário no lugar do antigo lugar de adoração de ídolos.
Sepultados "nas profundezas" do templo
de Dagon, foram encontrados anéis, braceletes, brincos, e colares de
prata e ouro. Vários santuários alojando ídolos e figuras esculpidas da
deusa Astarote foram também encontradas.
CEMITÉRIO COM RESTOS MORTAIS DE 200 PESSOAS
Para além destas descobertas, foi também
escavado um cemitério que os arqueólogos acreditam pertencer à
população dos filisteus, encontrando cerca de 200 esqueletos, alguns
ladeados de jóias e óleos perfumados.
Segundo Daniel M. Master, professor de Arqueologia no Colégio Wheaton, e um dos responsáveis da escavação, "após
décadas de estudo sobre o que os filisteus deixaram para trás, damos
agora de caras com o próprio povo. Com esta descoberta, estamos próximos
de descobrir o mistério da origem desta gente."
QUEM ERAM OS FILISTEUS?
Segundo a Bíblia, este povo
arqui-inimigo de Israel teria emigrado de terras do Ocidente,
estabelecendo-se nas 5 principais cidades da Filisteia, na actual região
sul de Israel e na Faixa de Gaza. Ainda hoje se debate se os filisteus
terão surgido da Grécia, da ilha de Creta, ou até da Anatólia, na actual
Turquia.
O filisteu mais famoso foi sem dúvida o
gigante Golias, derrotado e morto pelo jovem e futuro rei David. O nome
"Palestina" foi usado pelos romanos no 2º século d.C. a partir do nome
desta região e povo para todo o território de Israel. Os actuais
palestinianos fazem também um uso desapropriado do nome deste povo
extinto, não tendo qualquer ligação histórica ao mesmo.
Esta escavação que reúne 3 universidades
norte-americanas dura já há 30 anos consecutivos, daí a importância
deste espetacular achado.
3 MIL ANOS DE HISTÓRIA TRAZIDOS À LUZ DO DIA!
A equipa teve de escavar a 3 metros de
profundidade para descobrir o cemitério, que foi posteriormente usado
pelos romanos como vinha, nas proximidades da cidade atual de Asquelon.
Crê-se que este cemitério foi utilizado entre os 11º e 8º séculos a.C. e que poderá conter mais de 211 esqueletos.
A excitação entre os arqueólogos foi
grande quando no passado Domingo deram cara a cara com esqueletos ali
pousados desde há 3 mil anos! Alguns dos esqueletos ainda tinham
braceletes e brincos, outros eram acompanhados de armas.
Foram também encontrados jarros com esqueletos de bebés.
A impressão é que os filisteus viviam num relativo luxo comparado com a modéstia dos povos judeus que viviam próximos da região.
Os achados arqueológicos passaram a ser expostos no Museu Arqueológico Rockfeller, em Jerusalém.
Shalom, Israel!
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