Jesus
Cristo foi executado publicamente como um criminoso após um julgamento
fraudulento comandado por Anás e Caifás. Anás foi sumo sacerdote de
Israel de 6 a 15 d.C., mas foi deposto de seu cargo pelos romanos por
conta de suas ações. Caifás, seu genro, foi posto em seu lugar. Este foi
nomeado sumo sacerdote em 18 d.C., e permaneceu no cargo até 36/37 d.C.
No comando
do Sinédrio o sumo sacerdote Caifás foi quem condenou Jesus por
blasfêmia, enquanto que o Pretório Romano condenou Cristo por sedição.
Ambos os tribunais foram forjados e conduzidos de forma fraudulenta.
Caifás, por exemplo, não poderia ter julgado Jesus à noite ou durante as
festividades. Além disso, apenas as testemunhas de acusação foram
ouvidas, negando o amplo direito de defesa.
Em 2011 o
governo de Israel recuperou um ossuário que estava nas mãos de
traficantes de antiguidades, impedindo o estudo de seu contexto
original. Os arqueólogos israelenses atribuíram a autenticidade do
achado (uma caixa usada para guardar ossos depois da fase inicial de
sepultamento) como pertencente à família de Caifás.
O achado
data do primeiro século da Era Cristã, com aproximadamente dois mil
anos. A peça é feita em pedra e decorada com florais estilizados e traz
uma inscrição em aramaico que diz: “Miriam [Maria], filha de Yeshua
[Jesus], filho de Caifás, sacerdote de Maazias de Beth Imri.” O nome
“Caifás” é a pista crucial, afirmam os arqueólogos Boaz Zissu, da
Universidade Bar-Ilan, e Yuval Goren, da Universidade de Tel-Aviv, que
estudaram a peça.
O
historiador judeu Flávio Josefo identifica o sumo sacerdote como “José,
que era chamado de Caifás” e confirma que ele tornou-se sumo sacerdote
por volta do ano 18 d.C., nomeado por Valério Grato e deposto por
Vitélio em torno do ano 36 d.C., atuando na época em que Jesus foi
condenado a morrer na cruz. Portanto, a inscrição no ossuário bate com
as informações históricas sobre a atuação de José Caifás como sumo
sacerdote.
Os
historiadores acreditam que Miriam seria neta do próprio Caifás bíblico
ou de algum outro membro da família sacerdotal. O ossuário, no entanto,
liga a parentela à casta de Maazias, um dos 24 grupos sacerdotais que
serviam no Templo.
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