“E no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio.” (Lucas 16.23)
Para o
homem é inaceitável o fim da existência, pois a morte em si não pode
representar o fim de tudo, é necessário acreditar na continuidade da
vida. Uma das questões que mais assombram a vida humana é referente ao
destino do homem após a morte. Para onde vamos? Em Escatologia essa
indagação é respondida com o Estado Intermediário.
A Bíblia
diz que aos seres humanos está ordenado morrerem uma só vez. Mas o que
acontece após a morte? Sabemos que depois que fechamos os olhos para
existência, todos prestarão contas diante de Deus. Depois da morte, vem o
juízo. Mas enquanto não enfrentamos o Juízo Final? O que acontece entre
o fim da existência terrena e o grande julgamento de Deus? Onde os
mortos ficam enquanto aguardam o Juízo?
Continue lendo para aprender sobre:
1. A morte é o fim de tudo?
2. Onde estão os mortos?
A MORTE É O FIM DE TUDO?
A ciência
avançou, mas é incapaz de responder a indagação que inquieta a mente
humana: O que acontece depois da morte? O espírito humano não consegue
aceitar o fenômeno do fim da existência. Questionar o que acontece com o
espírito humano após a breve passagem pelo palco desta existência é
oportuno.
As mais
diversas religiões do mundo buscam responder essa indagação. Há um
desejo no cerne humano de ter a responsa para essa questão, pois ela
assombra intelectuais, iletrados, acadêmicos, políticos, empresários,
empregados, homens e mulheres, jovens e crianças, idosos e adultos. Não
há ninguém que não esteja em busca de respostas sobre o fim da vida.
Por ter
conhecimento sobre as angústias que atormentam a vida humana quanto ao
fenômeno do fim da vida, Jesus Cristo discorria constantemente sobre a
continuidade da existência e a superação do fenômeno da morte. Por isso,
Jesus discorria sobre a eternidade e a felicidade plena.
a. A MORTE NÃO É O FIM
“Na
verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê
naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação,
mas passou da morte para a vida.” (João 5.24)
Jesus
ensinou que a morte não é o fim da existência, mas a passagem para a
vida eterna. Por isso, ao discursar sobre o fenômeno da morte, Jesus
fazia questão de afirmar que a morte não era o fim, mas que havia
continuidade da existência após a morte.
b. É POSSÍVEL SUPERAR A MORTE
“Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.” (João 11.25)
Jesus
queria que toda a humanidade desfrutasse de vida plena, desejava que
cada lágrima derramada por conta da separação que o fenômeno da morte
nos impõe fosse enxugada (Apocalipse 21.4) e que a morte fosse derrotada
e ninguém mais fosse separado dos entes queridos por conta deste
fenômeno.
No
entanto, para que isso se concretizasse, as pessoas precisavam acreditar
que a morte não é o fim, mas que existe continuidade de vida após a
morte e que é possível alcançar essa vida e transcender a morte através
da fé. Jesus disse que era necessário que as pessoas acreditassem em
seus ensinamentos.
c. O CRIADOR DA VIDA, PODE VENCER A MORTE
“E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora.” (João 11.43)
Jesus
causou perplexidade ao mandarem que a pedra que tapava a entrada do
túmulo de seu amigo Lázaro fosse retida. Alguns, por não entenderem sua
intenção, chegaram a alertar que o defunto já cheirava mal. Nesse
momento, Jesus bradou para que o defunto saísse do túmulo. O morto
ressuscitou. Lázaro voltou à vida!
Apesar da
força do seu discurso, Jesus tinha que provar que realmente conhecia os
segredos para a imortalidade. Ele demonstrou possuir a capacidade de
superação do fenômeno do fim devolvendo a vida para Lázaro. Cristo
queria provar aos seus seguidores que Deus, o Criador da vida, estava
disposto a ajudar o homem a superar o fim existencial.
ONDE ESTÃO OS MORTOS?
A fala de
Cristo sobre a transcendência da morte e da herança da eternidade tinha a
ver com a sua missão. Sua vinda ao mundo trouxe bênçãos incontáveis
para a humanidade. Por exemplo, sobre as angústias em relação ao fim da
existência, Jesus Cristo apresentava uma esperança para quem acreditasse
em suas palavras.
Certa vez,
ele proferiu um discurso sobre o destino do espírito humano. Disse que
havia dois destinos para a humanidade, mas que cabia cada indivíduo
definir o seu destino de acordo com as escolhas nesta vida.
Apresentando-se
como pastor e rei, dizia que “porá as ovelhas à sua direita, mas os
cabritos, à esquerda; então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita:
Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está
preparado desde a fundação do mundo.” (Mateus 25. 33-34).
Apesar da complexidade de suas palavras, ele se referia à morte e ao destino da alma.
A
habitação dos mortos era chamada de Sheol no Antigo Testamento. Esse
lugar era divido em duas partes distintas. Tanto justos, como injustos,
eram destinados a esse lugar nos tempos do Antigo Testamento. Esse lugar
é chamado de Hades no Novo Testamento, palavra grega para Sheol (do
hebraico).
Como
abordei, este lugar era divido em duas partes. Uma parte era destinada a
guardar a alma dos justos, chamada de “Paraíso”, “Seio de Abraão” ou
“Lugar de Consolo” (Lucas 16.22,25; 23.43). A segunda parte daquele
lugar era separada da primeira por um grande abismo, intransponível.
Naquele lugar ficava a alma dos ímpios. O Novo Testamento apresenta três
palavras para designar aquele lugar terrível, mas que é traduzido em
português como inferno. Segundo Lucas 16.22 e 23, por exemplo, a palavra
é “hades”. Enquanto que em Mateus 23.33 a palavra usada é “geena”. Já
em 2 Pedro 2.4 a tradução vem da palavra “tártaro”.
b. COMO FICOU DEPOIS DA MORTE E RESSURREIÇÃO DE CRISTO
Após a
morte e ressurreição de Jesus Cristo, houve uma mudança no mundo dos
mortos. A promessa de Cristo de que as portas do inferno não
prevaleceriam contra a Igreja (Mateus 16.18) implicava nesta mudança que
o mundo dos mortos sofreria. Com sua ascensão, sua morte em favor da
humanidade, Jesus mudou o lugar do Paraíso, tirando do hades.
“Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro.” (Efésios 4.8)
Ele mudou a
localização para onde os justos eram enviados. O lugar onde as almas
dos justos ficavam alocadas, chamado de paraíso, seio de Abraão ou lugar
de consolo, foi transferido para o Céu. Por isso, antes de morrer na
cruz, Jesus Cristo disse ao ladrão que ele estariam juntos no Paraíso
(Lucas 23.43).
Os ímpios
continuariam descendo ao sheol/hades, enquanto que os justos agora sobem
para o Paraíso, que fica no Céu. O apóstolo Paulo disse ter sido
arrebatado ao Terceiro Céu (2 Coríntios 12.1-4) e conheceu o Paraíso.
Essa afirmação é confirmada também em Apocalipse 6.9,10, onde as almas
dos mártires da Grande Tribulação permanecem no Céu, em um lugar
reservado, aguardando o fim da Grande Tribulação.
Fonte: http://marcofeliciano.com.br/blog/o-que-acontece-apos-a-morte
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